Actividades Sociais e Desenvolvimento da Identidade nos Jovens


Media Digitais e Construção de Identidade Social
Actividades Sociais e Desenvolvimento da Identidade nos Jovens
Grupo I: Alexandra Quitério; Ana Margarida Sousa
João Carrega e Maria Filomena Grazina
Actividades Sociais e Desenvolvimento da Identidade nos Jovens
(Reflexão e fundamentação das escolhas)

Reconhecer a influência dos media digitais na construção da identidade social dos jovens, foi o objectivo da Actividade 3. O trabalho denominado Actividades Sociais e Desenvolvimento da Identidade nos Jovens, pretendeu analisar e discutir o papel dos media digitais na construção da identidade social dos jovens, através da leitura da bibliografia referida no final desta reflexão.
A leitura desses textos, bem como dos trabalhos dos diferentes grupos revelam-nos como as novas tecnologias fazem parte do mundo dos jovens e como elas próprias modelam a sua identidade social. Hoje os jovens não conseguem viver sem essas tecnologias. Fazem parte da sua vida. Afinal eles são nativos digitais. Nasceram com as tecnologias. A análise efectuada aos vários trabalhos e aos textos colocados na plataforma constitui uma mais valia na nossa aprendizagem, pelo que considero que foi uma actividade muito bem conseguida e planeada, como também o demonstraram as opiniões colocadas no Fórum de discussão. De todas seleccionei duas minhas que considero levantarem algumas questões pertinentes e evidenciam a importância das novas tecnologias junto dos jovens.

Por João Carrega, 2 de Junho


Bibliografia:

Weber, S.; Mitchell, C. (2008). Imaging, Keyboarding, and Posting Identities: Young People and New Media Technologies. In Youth, Identity, and Digital Media: 25-47.

Boyd, D. (2008). Why Youth Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life. In Youth, Identity, and Digital Media: 119-142.

Stern, S. (2008). Producing Sites, Exploring Identities: Youth Online Authorship. In Youth, Identity, and Digital Media: 95-117.

Stald, G. (2008). Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity, and Digital Media: 143-164.

Goldman, S.; Booker, A., & McDermott, M. (2008). Mixing the Digital, Social, and Cultural: Learning, Identity, and Agency in Youth Participation. In Youth, Identity, and Digital Media: 185-206.

Yardi, S. (2008). Whispers in the Classroom. In Digital Youth, Inovation, and the Unexpected: 143-164.



A Marca das novas tecnologias

Parece-nos claro, da leitura deste e de outros trabalhos que as tecnologias estão cada vez mais integradas nas principais áreas das nossas vidas, e que o seu papel de mediador de identidades e de aprendizagem pode ser assumido como um dado garantido. Mas talvez as novas tecnologias se estejam a tornar quase invisíveis.

Como também é referido neste trabalho, hoje os produtos culturais dos jovens são produzidos com recurso às tecnologias. Eles dominam a utilização dessas tecnologias, inovam na sua utilização, associando recursos (mensagens de texto, mail's, chat, post...). Deixam assim a sua marca a dois níveis:

a) - no mundo de produção

b) - no próprio produto cultural


Perante esta realidade, e tal como revela o trabalho, será então necessário agir sobre três aspectos:

a) Como é que os jovens usam as tecnologias?

b) Analisar as características dos seus produtos culturais

c) Reflectir sobre os efeitos das tecnologias na construção das identidades.

No fundo, um dos aspectos que o trabalho procura esclarecer é o de saber quais são as implicações das tecnologias na construção progressiva (bricolage) das identidades individuais e sociais, tendo em conta que as tecnologias medeiam a relação entre indivíduos, entre o indivíduo e a sociedade e vice-versa?
Obrigado pelo vosso contributo, em nome de todo o grupo.

Por João Carrega, 13 de Maio, Fórum A3



Porque é que os jovens adoram as redes sociais?

Porque é que os jovens adoram as redes sociais? as respostas a esta e outras questões tentam ser feitas neste artigo, o qual começa por referir claramente que há uma percentagem elevada (e os números pecam por defeito) de adolescentes que aderem às redes sociais. E aqueles que não aderem são um de dois tipos: os que não têm possibilidade de aderir - estão desconectados, e os que se recusam conscientemente (ou porque querem protestar - todos conhecem a essência do MySpace, ou se é contra ou a favor -, ou porque concordam com os conceitos morais dos seus pais).
Indo ao encontro daquilo que também é evidenciado noutros artigos aqui resumidos, há temas que os adolescentes consideram importantes. A música é um deles, e o sucesso o MySpace passou também por aí. As bandas começaram a ter uma nova forma de comunicar com os seus fãs. Surge assim também uma oportunidade dos adolescentes terem um relacionamento com as suas bandas favoritas e, ao mesmo tempo, esboçarem uma representação pessoal numa comunidade em ascenção.
Uma comunidade que tem as suas regras e que os adolescentes querem cumprir, sob a forma de serem rotulados. O perfil surge como algo de fundamental no processo. O desejo de ser fixe é ter amigos e ser validado pelos pares. Mas não se podem ter demasiados amigos. É fixe ter amigos, mas não se podem ter muitos correndo o risco de ser visto como «prostituta» do MySpace.
Uma outra questão interessante diz respeito ao facto dos adolescentes encararem o MySpace como um espaço de adolescentes para adolescentes, o qual deveria ser vedado aos adultos. E a incursão dos adultos nesse espaço, quer por considerarem a rede pública, quer para controlarem os seus filhos, fazem com que estes desenvolvam esquemas para evitar a intromissão dos adultos, criando por exemplo contas espelho.
Posto isto, os desafios que se colocam aos adultos, sobretudo àqueles que têm responsabilidades de educar os seus filhos, passa por descobrirem como educar os adolescentes para navegarem nas novas estruturas sociais que enfrentam.
A conclusão, apresentada pelo grupo 3, revela que "devemos procurar conhecer e aprender a utilizar este novo tipo de sociedade pública online para os conseguirmos ajudar na sua difícil tarefa de construção de identidade e sociabilização".
O problema, na minha perspectiva, é que uma parte significativa dos pais ou educadores nem sequer são «imigrantes digitais». Para muitos o MySpace ou outras redes sociais são algo de complicado e longínquo, pelo que dificilmente estarão preparados para enfrentar este fenómeno e todas as suas variantes...
Um abraço e parabéns pelo trabalho do grupo,

Por João Carrega, 8 de Maio 2009, Fórum A3

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